Apesar de não ser indicado para gestantes, o esporte radical ou qualquer atividade física radical, Pérola pegou ondas em duas gestações e confessa que a prática, na verdade, foi uma hidroterapia para ela e para os filhos.
Apesar de não aconselhar para as mamães que nunca fizeram atividade física, garante que uma vez que a mulher se sinta bem e tenha cuidados especiais pode continuar fazendo o que fazia sem maiores dramas.
Apesar de não aconselhar para as mamães que nunca fizeram atividade física, garante que uma vez que a mulher se sinta bem e tenha cuidados especiais pode continuar fazendo o que fazia sem maiores dramas.
Na gravidez do Lucas Hermano, conhecido como “pitu” (nome que ganhou de um salva-vidas quando era neném porque se enfiava na areia), surfou até o quinto mês. Do sexto mês até o nascimento continuou entrando no mar com sua prancha só para poder ficar no outside (atrás da arrebentação) com outros surfistas para continuar se sentindo integrada. Dessa forma já colocou seu filho na vibração do surf. Deu certo. Pitu hoje tem 13 anos e pega onda desde pequeno. “Ele gosta de surfar de bodyboard e surf, leva o maior jeito para os dois”.Pérola criou seus filhos no mar e ensinou cada passo como se defender no mar, aproveitar as ondas e cuidar da natureza.
Na gravidez de Kalani, Pérola estava competindo o mundial no Hawai. A atleta conta que sentia seu corpo mudando e que foi ao médico no Brasil antes da viagem. “Ele me disse que estava com sobrecarga por causa do treino para o Hawai. Afinal eram horas de natação e musculação para enfrentar as ondas grandes, além da ansiedade da viagem onde eu iria sozinha. Então acreditei e fui com fé sem saber que já estava de dois meses.” No Hawai, ela competiu e conseguiu passar algumas baterias nas gigantescas ondas de Pipeline.
Pipeline - Hawaii - 2001 Além de surfar, Pérola alugou uma bicicleta para poder ir de uma praia a outra e fazia corrida quase todos os dias. “Eu me sentia muito bem e disposta. O problema é que eu comia muito e engordei quase cinco quilos na viagem” conta rindo.
Rockpoint - HawaiiNa sua volta competiu no Paranaense e mesmo conseguindo ir para a final estava se sentindo cansada. Assim, concluiu que precisava voltar ao médico.
Pérola no pódium do paranaense, um dia depois de voltar do Hawai, com seu filho Lucas no colo. Já estava de quase quatro meses e não sabia. Na primeira consulta, onde já estava há quatro dias de volta ao Brasil, descobriu que estava grávida de Kalani que a essa altura já estava quase entrando no quarto mês. No dia seguinte descobriu que era menino.
O nome Kalani foi escolhido porque na sua viagem conheceu crianças com o mesmo nome que significa "presente de Deus" e havia dito que se um dia tivesse outro filho esse seria o nome. Então não teve dúvidas.
Pérola com Kalani esperando sua bateria no Circuito ParanaenseKalani tem nove anos e surfa sempre que pode.
Adora o mar e é um menino muito forte e saudável.
Pérola continuou surfando na gestação de Kalani até o sexto mês. “Não entrei mais no mar porque acho que ele já tinha energia do mar e surf mais do que suficiente”.
Kalani e Pitu foram criados na beira da praia! Com sol, chuva, vento e hoje são muito saudáveis. Nunca ficam doentes e estão se desenvolvendo muito bem...
A gestação na água de Kalani trouxe muitas matérias na mídia. Entre elas a entrevista para o Bom Dia Paraná, na RPC – Rede globo entre muitas outras matérias na Gazeta do povo, Rede Record e exclusiva.
Gazeta do Povo - título: Gestação sobre as ondas
Matéria para o Globo Esporte e Bom dia Paraná - RPCLucas já participou de algumas competições. Mas nem ele e Kalani se interessam muito em competir. O surf é apenas o estilo de vida deles.
Lucas "Pitu" de lycra preta indo para uma bateria"Pérola e seus filhos são vistos surfando juntos no Balneário de Ipanema no Paraná e sempre que podem estão se divertindo em mares de Santa Catarina.
"Quero aproveitar para agradecer aos meus patrocinadores na época: Copiadora Nicarágua, Pranchas Genesis, Escola de Natação Amaral e Malas Ika"